segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Púrpura(cor)


O termo púrpura (ou roxo) atribui-se a um leque de tons entre o vermelho e o azul. Obtém-se misturando as cores primárias; vermelho e azul. Não há consenso em relação aos tons que podem ser considerados púrpura, preferindo algumas pessoas referirem-se a magenta ou heliotropo. Uma diferença de sensibilidade ao vermelho e ao azul a nível da retina, que varia de indivíduo para indivíduo, pode causar também discórdia.
Púrpura é por vezes confundida com a cor espectral mais facilmente definível - violeta.
Em teoria da cor, uma púrpura é definida como qualquer cor não-espectral entre violeta e vermelho.
Na pintura, púrpura, é a cor entre magenta e violeta com todas as suas matizes e tons.


História



Por séculos, a cor púrpura, era obtida através de algumas espécies de molusco nativos do Mar Mediterrâneo, o que causou extinção de algumas delas. Pela dificuldade na sua obtenção e seu alto preço, o púrpura, um dos mais importantes e mais caros pigmentos naturais da Antiguidade era preparado com tintas de vários moluscos — incluindo murex brandaris e púrpura haemostoma encontrados na costa do Mediterrâneo e do Atlântico e nas Ilhas Britânicas.
Quantidades enormes destes moluscos eram usados para tingir tecidos e ainda são encontradas pilhas das cascas dos moluscos em alguns sítios históricos na costa grega.
A secreção do molusco está contida dentro de uma pequena veia ou cisto que, quando quebrada ou partida pela mão, segrega um fluido branco. Os tecidos eram banhados neste fluido branco e postos a secar ao sol que "revela" a tintura púrpura brilhante.

Os diferentes tons dependem do tipo de molusco e o tipo de exração do fluido branco. Segundo Plínio, o melhor pigmento era extraído em Tiro, no Mediterrâneo oriental, e era a cor utilizada nas vestes reais romanas, cor que até aos dias de hoje simboliza realeza.
A púrpura foi sem dúvida o corante de maior renome e mais caro de todos os corantes antigos. Era um símbolo de riqueza e distinção. Na Roma antiga só o imperador tinha o direito de a usar.
O imperador Nero chegou a punir com a morte o seu uso. O corante era produzido a partir de espécies de um molusco do género Murex. Cada espécie do molusco dava a sua variedade de púrpura.
Já os fenícios obtinham o pigmento púrpura de algumas espécies de moluscos gastrópodes do género Múrex, uma das espécies que se comem em Espanha com o nome «cañadilla» ou «cañaílla».
Em Tiro, a púrpura mais apreciada era extraída da espécie Murex brandaris. Na cidade de Sídon a espécie Murex trunculus era fonte de uma púrpura cor de ametista.
O pigmento está presente numa secreção mucosa produzida pela glândula hipocondrial situada junto do tracto respiratório. Esta secreção é incolor enquanto fresca mudando de cor quando exposta ao sol, passando pelo amarelo, em seguida pelo verde e só depois surgindo a cor púrpura característica.
O método geral de produção do corante consistia em esmagar os moluscos inteiros, ou abri-los e retirar a glândula, em seguida salgar essa massa durante três dias e finalmente ferver o conjunto em água durante dez dias.
O resultado era uma solução clara, concentrada, do corante. Restos da carne do molusco eram separados por decantação. O tecido era mergulhado na solução do corante e em seguida posto ao sol para que a cor aparecesse.

Violeta (cor)

Como pigmento, pode ser obtido da mistura de magenta e azul.
O roxo está associado à noite.

Vermelho(cor)


O vermelho é utilizado como uma das cores aditivas primárias da luz.
A palavra vermelho tem sua origem no latim vermillus, que significa "pequeno verme", remetendo-se à cochonilha, inseto do qual é extraído o corante carmim utilizado em tintas, cosméticos e como aditivo alimentar. A cor também é conhecida como escarlate ou encarnado. O prefixo grego para vermelho é eritro-. Trata-se de uma cor-luz primária e cor-pigmento secundária, resultante da mistura de amarelo e magenta. O vermelho é associado com a cor do sangue, algumas flores (especialmente rosas), e frutas maduras (como maçãs, morangos e cerejas). O fogo também está altamente ligado à cor, assim como o sol e o céu ao pôr-do-sol. Após a ascensão do socialismo na segunda metade do século XIX, o vermelho passou a ser utilizado também para descrever movimentos revolucionários

Significado psicológico

Significa força, virilidade, masculinidade, dinamismo. É uma cor exaltante e até enervante. Impõe-se sem discrição. É uma cor essencialmente quente, transbordante de vida e de agitação.

VERMELHO

paixão
força
energia
amor
velocidade
liderança
masculinidade
alegria (China)
perigo
fogo
raiva
revolução
aviso de "pare"



Etimologia e definições





Verde(cor)



O verde é uma cor-luz primária e uma cor-pigmento secundária composta pelo ciano e amarelo. Está aproximadamente na faixa de freqüência 550 nm do espectro de cores visíveis.
Verde também representa a luta no mundo de movimentos de proteção ao meio-ambiente.

Cor-de-rosa



Rosa ou cor-de-rosa é uma cor intermediária entre magenta e branco, sendo assim uma cor quente. Existem, porém, muitas máscaras diferentes desta cor. Assim como cinza e violeta, a palavra rosa quando se refere a uma cor nunca deve ser flexionada no plural: camisas rosa, paredes rosa.

Simbologia:
A cor-de-rosa geralmente é uma das cores que as mulheres mais procuram entre roupas, e está culturalmente relacionada ao elemento feminino. A razão desta simbologia provém, da antiguidade, atribuída à cor rosada dos lábios carnudos, seios e partes íntimas (ver simbologia da rosa) de uma mulher no ideal clássico[carece de fontes]. É hoje também relacionada com a temática do amor e da paz feminina, quando em tons claros, e com o atrevimento sedutor feminino em tons vivos e escuros. Mesmo assim, rosa é uma cor unisex, não necessariamente feminina´ o rosa, pode ser claro, escuro, escuros é mais sedutor, e rosa claro é mais atrevido.


Rosa brilhante

Rosa brilhante é uma cor intermediária entre magenta e vermelho na círculo cromático.

Preto(cor)


O preto, referido ainda como cor negra, é a cor mais escura do espectro, definida como "a ausência de luz", em cores-luz, ou como "a mistura de todas as cores", em cores-pigmento. É a cor que absorve todos os raios luminosos, não refletindo nenhum e por isso aparecendo como desprovida de clareza.
O preto é a cor das letras deste texto. O código hexadecimal da cor preta é #000000.



Sensações acromáticas

A cor preta sugere: silêncio, morte, poder, misérias, maldade, pessimismo, tristeza, negação, dor, opressão, angústia, introspecção e favorece a auto-análise. Quando brilhante, confere nobreza, distinção, elegância, masculinidade.


Usos simbólicos do preto

Na cultura ocidental a cor negra está associada a morte, trevas, mal e outras conotações negativas. Mas a sua relação com a morte não acontece em algumas culturas orientais onde a cor do luto não é o preto, mas sim o branco.
Para os anarquistas, a bandeira totalmente negra representa o anti-patriotismo, conduta que faz parte de sua ideologia.
Na cultura popular, é uma cor muito ligada à vestimenta do Rock'n Roll e alguns de seus sub-gêneros, como o Heavy Metal e a tribo urbana dos góticos.
Em muitas partes do mundo, está associada aos afro-descendentes.
Também é uma representação do nada, da ausência ou da escuridão.
Há quem diga que o preto não é uma cor e sim, a ausência delas.
É usada em camisetas de bandas de rock, na maioria das vezes.

Curiosidade

Alguns objetos, que para nós parecem negros, na verdade podem ser infravermelhos ou ultravioletas.
Como a cor de um objeto é definida pela reflexão ou transmitância de uma determinada cor (a cor do objeto) e a absorção das demais, um objeto infravermelho (por exemplo) nos é preto porque apenas reflete esta cor, que como se sabe não a vemos, e absorve todas as cores visíveis. O fato pode ser claramente constatado iluminando o objeto infravermelho com uma fonte de luz desta cor, em um ambiente escuro, e observando ele com uma câmera que possa captar o infravermelho (a maioria das câmeras atuais, em especial as preto e branco, podem fazer isto). Sob esta condição, o objeto que iluminado por luz visível para nós é preto, se apresentará branco (claro) quando iluminado apenas pela luz infravermelha.


Prata (cor)

Prata é o tom metálico semelhante ao cinzento, próximo à aparência da prata polida.

A sensação visual normalmente associada com o metal prata é o seu brilho metálico. Isso não pode ser representado por uma simples cor sólida porque o efeito brilhante deve-se à incidência da fonte de luz na composição do material. Nem há nenhuma maneira de reproduzir cores metálicas ou fluorescentes em computador. Em pintura um artista normalmente usa uma tinta metálica que reluz como verdadeira prata. A cor aqui apresentada não pode ser considerada prata, mas é a representação possível e mais aproximada.

Marrom(cor)


Marrom (português brasileiro) ou castanho (português europeu) é a cor das castanhas, de alguma terra e dos olhos da maioria das pessoas.
Castanho é também o nome usado para designar a madeira do castanheiro.


Tons de Marrom

Bege,Caqui, Couro, Ocre, Marrom / Castanho,Rútilo.


Dourado (cor)


Dourado é uma cor terciária, pelo laranja e o amarelo. É muito usada para representar o metal ouro, que dá origem ao nome desta cor. A cor dourado está associada ao sol, à abundância (riquezas) e ao poder. Também está relacionada com os grandes ideais, a sabedoria e os conhecimentos.

Cinza(cor)



Cinza (português brasileiro) ou cinzento (português europeu), ou ainda gris, é a cor intermediária entre o branco e preto. Em um modelo subtrativo de cores (CMYK), ou seja, de emprego de pigmentos, é obtido pela adição de preto. Em um modelo aditivo (RGB), ou seja, emprego de luzes, é obtido pela adição de quantidades iguais de vermelho, verde e azul. Duas cores são ditas complementares quando sua adição resulta em cinza. Assim como "violeta" e "rosa", a cor cinza nunca deve ser flexionada no plural: ternos cinza, dias cinza.
Em diversas culturas é a cor associada à tristeza e a temas fúnebres.
A associação à tristeza da cor muito provavelmente tem inicio na infância quando aglomerações de nuvens em épocas de chuva costumam enclausurar a maioria das crianças em suas casas, impedido-as de sair e brincar. A cor do céu ganha então uma associação a reminicência desagradável, de solidão e felicidade impedida e sendo assim o sentido fixa-se na história do indivíduo, até o momento da sua morte.
A associação ao fúnebre vem dos pequenos pedaços carbonizados que sobram de tudo aquilo que é consumido (destruído) pelo fogo num DESAPARECIMENTO da FORMA. Daí, muito provavelmente, vem o costume de certos povos de queimar os corpos ou objetos de seus entes perdidos, para que o material possa abstrair-se e acompanhar o espírito.
A imposição das cinzas remonta o século X, na Cristandade européia e marca o início da Quaresma.




domingo, 22 de agosto de 2010

Branco(cor)



A cor branca, ou simplesmente o branco, é a junção de todas as cores do espectro de cores. É definida como "a cor da luz", em cores-luz, ou como "a ausência de cor", em cores-pigmento. É a cor que reflete todos os raios luminosos, não absorvendo nenhum e por isso aparecendo como clareza máxima.
O dióxido de titânio é o composto utilizado como pigmento na indústria como corante para o a cor Branca e sua aplicação vai desde tintas, esmalte e papel até em cerâmicas e produtos alimentares. Quase tudo que a indústria moderna utiliza para dar cor branca a algo, é quase certo que a base do pigmento branco é o dióxido de titânio.
A cor branca está associada à paz, calma, ordem, limpeza e outras conotações positivas, na cultura ocidental, o contrário de algumas partes da cultura oriental, onde represente desde tristeza até luto.

Azul(cor)


A Noite Estrelada de Vincent van Gogh.




O azul é uma das três cores-luz primárias, e cor-pigmento secundária, resultado da sobreposição dos pigmentos ciano e magenta. Seu comprimento de onda é da ordem de 455 a 492 nanômetros do espectro de cores visíveis.
O azul costuma estar associado à frieza, depressão, monotonia. E, por isso mesmo, também à paz, à ordem, à harmonia. Entre os matizes, é o menos expansivo aos olhos. Sinônimos: cerúleo, cárdeo, celeste, azul, safira. O azul estimula a criatividade.
Alguns tons de azul: azul-bebê, azul-celeste, azul-cobalto, azul-marinho, azul-esverdeado, azul-turquesa, azul-caribe, azul-inverno.


História


A produção de pigmentos artificiais de azul tem sido um desafio constante na história da humanidade: pela dificuldade de encontrá-lo, o azul foi em momentos diversos considerado uma cor destinada a temas nobres. Vermelho, preto e branco dominaram quase todas as representações artísticas até o início da Idade Média devido à facilidade com que as tintas podiam ser fabricadas, em comparação com a dificuldade de obter pigmento azul. É certo, no entanto, que os egípcios conheciam um pigmento dessa cor há mais de 5 mil anos, mas ele era misturado ao pigmento de uma pedra semipreciosa, o lápis-lazúli. Foi a dificuldade para chegar ao tom que fez com que os romanos durante a Antigüidade o associassem aos bárbaros - até ter os olhos azuis era sinônimo de barbárie.
No começo da Idade Média, o vermelho era a cor da nobreza, enquanto o azul era dos servos. Os tecidos eram tingidos de azul com o pigmento extraído de uma planta chamada Ísatis, ou pastel-de-tintureiro. Para conseguir a tinta, era necessário deixar a planta fermentando em urina humana. Com o tempo, perceberam que o álcool acelerava o processo - por isso, tintureiros ingeriam bebidas alcoólicas com a desculpa de que a urina já sairia rica em álcool. A expressão em alemão blau werden, literalmente traduzida como "ficar azul", significa na Alemanha "ficar bêbado".
No século VI, a técnica para obtenção do pigmento chamado azul-ultramar, feita com o lápis-lazúli, ganhou a Europa - a pedra, no entanto, chegou a custar mais que o ouro. A descoberta do caminho marítimo para as Índias, no fim do século XV, levou para a Europa o pigmento conhecido como índigo indiano, obtido com uma planta oriental. A utilização foi proibida – uma tentativa de preservar o tom produzido na região com a ísatis – e dava até pena de morte.
O pigmento azul-da-prússia foi descoberto na Alemanha, numa experiência sobre oxidação do ferro em 1704. Custava um décimo do preço da tinta feita a partir do lápis-lazúli e fez sucesso entre os pintores da época. De lá para cá, a indústria química evoluiu e possibilitou a obtenção de centenas de pigmentos mais baratos. Isso foi um fator crucial para o surgimento no século XIX, do impressionismo de artistas como Monet, que davam grande valor à cor. Mas, como muitos pigmentos desse período não possuíam uma boa resistência, vários quadros da época sofreram uma prematura descoloração.


Amarelo (cor)

O amarelo é uma cor-pigmento primária e cor-luz secundária, resultado da sobreposição das cores vermelha e verde. Encontra-se entre as faixas 565 nm e 590 nm do espectro de cores visíveis.

É considerado o mais expansivo entre os matizes, assim como o que mais atrai os olhos. A exploração de seu uso tem uma grande importância na obra de Vincent van Gogh.
O amarelo era a cor-símbolo do Imperador da China e por consequência, da Monarquia chinesa. Amarelo é a cor do curso de Medicina.
Para os estudiosos em segurança pessoal e patrimonial, é a cor mais adequada, pois qualquer corpo que tenha o amarelo como fundo – mesmo sob a escuridão – é facilmente perceptível, sendo assim a cor recomendada para muros e portões.
Em muitos países, o amarelo é usado para representar os táxis. A cor também costuma ser usada nas "páginas amarelas" das listas telefônicas para designar anúncios classificados.
Na natureza a cor amarela manifesta-se em frutos, flores e também em animais (em geral venenosos, como cobras e sapos).


Laranja(cor)

A cor laranja, cor-de-laranja, cor abóbora, cor-de-abóbora, ou simplesmente laranja ouabóbora, é uma cor terciária, pelo vermelho e o amarelo (uma primária e outra secundária, dependendo do caso) que, no espectro visível, tem um comprimento de onda aproximado de 620-585 nanómetros. Tem a mesma cor da fruta que lhe dá o nome.

É uma cor viva que geralmente é associada a euforia, uma disposição enérgica e muito usada para chamar a atenção. Estudos indicam que a cor laranja em um ambiente pode deixar as pessoas do recinto eufóricas. A cor laranja foi escolhida pelas Forças Armadas dos Estados Unidos como a cor a ser usada para coletes salva-vidas por ser muito visível e contrastante com a cor do mar, mesmo à noite, e também por ser uma cor pouco comum na natureza.

Cor primária




Cor primária é uma cor que não pode ser decomposta em outras cores. Essas cores são misturadas entre si para produzir as demais cores do espectro. Quando duas cores primárias são misturadas, produz-se o que se conhece como cor secundária, e ao se misturar uma cor secundária com uma primária surge umacor terciária.
Tradicionalmente, o vermelho, o azul e o amarelo são tratadas como as cores primárias nas artes plásticas. Esse sistema de classificação é conhecido como RYB. Entretanto, essa é uma definição errada do ponto de vista científico. Apesar de qualquer escolha de cores primárias ser essencialmente arbitrária, uma vez que o espectro de luz é contínuo, em se tratando de cores subtrativas (que somam ao preto, ex.: pigmentos) a escolha habitual é ciano, magenta, e amarelo; enquanto que para cores aditivas (que somam ao branco, ex: luz) são usadosvermelho, verde e azul.

Cores secundárias são as cores que se formam pela mistura de duas cores primárias, em partes iguais.
No início, a teoria dos pigmentos era restrita à pintura. Os antigos pintores já faziam misturas antes da moderna ciência das cores, e as tintas usadas até então eram poucas. No sistema RYB, que emprega a teoria das cores de Leonardo da Vinci, as cores secundárias são:
  • Verde - formado por azul e amarelo
  • Laranja - formado por amarelo e vermelho
  • Violeta (ou púrpura) - formado por azul e vermelho
Modernamente, contudo, considera-se dois casos de classificação de cores: o aditivo (ou luminoso) e o subtrativo (ou refletivo), uma vez que o sistema RYB não representa de fato todas as cores perceptíveis pelo olho humano. As cores primárias de um caso são secundárias do outro, e vice-versa.

RGB



RGB é a abreviatura do sistema de cores aditivas formado por Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul(Blue). O propósito principal do sistema RGB é a reprodução de cores em dispositivos eletrônicos como monitores de TV e computador, "datashows", scanners e câmeras digitais, assim como na fotografia tradicional. Em contraposição, impressoras utilizam o modelo CMYK de cores subtrativas.

O modelo de cores RGB é baseado na teoria de visão colorida tricromática, de Young-Helmholtz, e no triângulo de cores de Maxwell. O uso do modelo RGB como padrão para apresentação de cores na Internet tem suas raízes nos padrões de cores de televisões RCA de 1953 e no uso do padrão RGB nas câmeras Land/Polaroid, pós Edwin Land.

Funcionamento

O modelo de cores RGB é um modelo aditivo no qual o vermelho, o verde e o azul (usados em modelos aditivos de luzes) são combinados de várias maneiras para reproduzir outras cores. O nome do modelo e a abreviação RGB vêm das três cores primárias: vermelho, verde e azul (Red, Green e Blue, em inglês), e só foi possível devido ao desenvolvimento tecnológico de tubos de raios catódicos – com os quais foi possível fazer o display de cores ao invés de uma fosforescência monocromática (incluindo a escala de cinza), como no filme preto e branco e nas imagens de televisão antigas.

Estas três cores não devem ser confundidas com os pigmentos primários Ciano, Magenta e Amarelo, conhecidos no mundo das artes como “cores primárias”, já que se combinam baseadas na reflexão e absorção de fótons visto que o RGB depende da emissão de fótons de um componente excitado a um estado de energia mais elevado (fonte emissora, por exemplo, o tubo de raios catódicos).

O modelo de cores RGB, por si só, não define o que significa “vermelho”, “verde” ou “azul” (espectroscopicamente), e então os resultados de misturá-los não são tão exatos (e sim relativos, na média da percepção do olho humano).

O termo RGBA é também usado, significando Red, Green, Blue e Alfa. Este não é um modelo de cores diferente, e sim uma representação – uma vez que o Alpha é usado para indicar transparência. Em modelos de representação de cores de satélite, por exemplo, o Alpha pode representar o efeito de turbidez ocasionado pela atmosfera - deixando as cores com padrões mais opacos do que seria a realidade.




CMYK









CMYK é a abreviatura do sistema de cores formado por Ciano (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (blacK).Alguns dizem que a letra K no final significa Key(Chave em ingles) pois Preto é considerado a cor chave da industria gráfica.Outros dizem que K foi escrito somente por que a letra B já estava sendo usado no modelo RGB(Blue), então aproveitaram a ultima letra(BlacK)
O CMYK funciona devido à absorção de luz, pelo fato de que as cores que são vistas vêm da parte da luz que não é absorvida. Este sistema é empregado por imprensas, impressoras e fotocopiadoras para reproduzir a maioria das cores do espectro visível, e é conhecido como quadricromia. É o sistema subtrativo de cores, em contraposição ao sistema aditivo, o RGB.
Ciano é a cor oposta ao vermelho, o que significa que actua como um filtro que absorve a dita cor (-R +G +B). Da mesma forma, magenta é a oposta ao verde (+R -G +B) e amarelo é a oposta ao azul (+R +G -B). Assim, magenta mais amarelo produzirá vermelho, magenta mais ciano produzirá azul e ciano mais amarelo produzirá verde.


Inclusão do preto


O preto pode ser produzido misturando os três pigmentos primários, mas por várias razões, é preciso adicionar tinta preta ao sistema:
O preto que se cria misturando os três pigmentos primários não é puro;
Empregar o 100% das tintas ciano, magenta e amarelo produz uma camada que, dependendo do tipo de papel, pode não secar ou ainda romper a folha se muito leve;
Os textos imprimem-se geralmente no preto pois incluem detalhes muito finos que seriam complicados de conseguir mediante a superposição de três tintas;
O pigmento preto é o mais barato de todos, razão pela que criar negro com três tintas seria muito mais caro.


CMYK versus RGB


O padrão CMYK é o melhor e mais usado para impressão, enquanto que monitores e televisões usam o padrão RGB (Vermelho (Red),Verde (Green) e Azul (Blue)), onde são usadas apenas três cores. Como o CMYK que se usa na indústria gráfica é baseado na mistura de tintas sobre o papel e o CMYK usado nos sistemas de computador não passa de uma variação do RGB, nem todas as cores vistas no monitor podem ser conseguidas na impressão, uma vez que o espectro de cores CMYK (gráfico) é significativamente menor que o RGB. Alguns programas gráficos incorporam filtros que tentam mostrar no monitor a imagem como será impressa.
Além do CMYK e do RGB, existem outros padrões de cores, como o Pantone, onde em lugar de um certo número de cores primárias que são combinadas para gerar as demais, tem-se um conjunto maior de tintas especiais, que misturadas entre si, produzem na impressão uma gama de cores consistente com o que é visto em um mostruário.



Espaço de cores




Espaço de cores (também sistema de cores ou espectro de cores) é um modelo abstrato matemático para formalizar a descrição de cores através de tuplas de números, tipicamente formadas por três ou quatro elementos. RGB e CMYK são espaços de cores.

Um Espaço de Cor pode ser visto como um sistema definido por uma base representativa dos componentes, de acordo com a definição do espaço considerado. A representação de qualquer cor pode então ser feita à custa da combinação desses componentes. São normalmente tridimensionais.

História da Teoria da Cor



Aristóteles

A mais antiga teoria sobre cores que se tem notícia é de autoria do filósofo grego Aristóteles. Aristóteles concluiu que as cores eram uma propriedade dos objetos. Assim como peso, material, textura, eles tinham cores. E, pautado pela mágica dos números, disse que eram em número de seis, o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e preto.


Idade média


O estudo de cores sempre foi influenciado por aspectos psicológicos e culturais. O poeta medieval Plínio certa vez teorizou que as três cores básicas seriam o vermelho vivo, o ametista e uma outra que chamou de conchífera. O amarelo foi excluído desta lista por estar associado a mulheres, pois era usado no véu nupcial.

Renascença
Na renascença a natureza das cores foi estudada pelos artistas.

Leon Battista Alberti

Leon Battista Alberti, um discípulo de Brunelleschi, diria que seriam quatro as mais importantes, o vermelho, verde, azul e o cinza- as cores em número de quatro estão relacionadas aos quatro elementos (Fogo-vermelho; Ar-Azul; Água-verde; Terra-Cinza (como escreve em sua obra "De Pictura") . Essa visão reflete os seus gostos na tela. Alberti é contemporâneo de Leonardo da Vinci, e teve influencia sobre ele.

Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci reuniu anotações para dois livros distintos e seus escritos foram posteriormente reunidos em um só livro intitulado Tratado da pintura e da paisagem. Ele se oporia a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz. Havia uma concordância ao afirmar que todas as outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e amarelo. Afirma ainda que o branco e o preto não são cores mas extremos da luz. Da Vinci foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida, pesquisar a visão estereoscópica e mesmo tentou construir um fotômetro.

Isaac Newton

Newton acreditava na teoria corpuscular da luz tendo grandes desavenças com Huygens que acreditava na teoria ondulatória. Posteriormente, provou-se que a teoria de Newton não explicava satisfatoriamente o fenômeno da cor. Mas sua teoria foi mais aceita devido ao seu grande reconhecimento pela gravitação. Apesar disso, Newton fez importantes experimentos sobre a decomposição da luz com prismas e acreditou que as cores eram devidas ao tamanho da partícula de luz.
O físico, inglês, Isaac Newton (1642-1727) realizou vários experimentos ao longo dos anos e revolucionou os conhecimentos sobre a luz. Em 1666, na feira de Woolsthorpe, comprou um prisma de vidro (vidro triangular – um peso de papel) e observou em seu quarto, como um raio de sol da janela se decompunha ao atravessar o prisma, sua atenção foi atraída pelas cores do espectro, onde um papel no caminho da luz que emergia do prisma aparecia às sete cores do espectro, em raios sucessivos: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul anil e o violeta. Desta maneira ele produziu seu pequeno arco-íris artificial. Rocha (2002, p. 219), relembra que Newton em seu livro Philosophical Transactions (1672), por meio de uma carta ao Editor de Cambridge para ser comunicada à R. Society, concluiu sua teoria comunicando:
"Para cumprir minha promessa anterior, devo sem mais cerimônias adicionais informar-lhe que no começo do ano de 1666 (época que me dedicava a polir vidros óptico de formas diferente da esférica), obtive um prisma de vidro retangular para tentar observar com ele o celebre fenômeno das cores. Para este fim, tendo escurecido meu quarto e feito um pequeno buraco na minha janela para deixar passar uma quantidade conveniente de luz do Sol, coloquei o meu prisma em uma entrada para que ela [a luz] pudesse ser assim refratada para a parede oposta. Isso era inicialmente um divertimento muito prazeroso: ver todas as cores vividas e intensamente assim produzidas, mas depois de um tempo dedicando-me a considerá-las mais seriamente, fiquei surpreso por vê-las..."
Em seguida, Newton repetiu a experiência com todas as raias correspondentes às sete cores, mas elas permaneciam simples. Desta forma ele concluiu que a luz branca é composta por todas as cores do espectro e provou isso reunindo as raias coloridas mediante a uma lente, obtendo, em seu foco, a luz branca. E mais adiante Rocha (2002, p. 220) destaca que em seu livro Philosophical Transactions (1672), Newton afirmou:
"Cores não são qualificações da luz derivadas de refração ou reflexões dos corpos naturais (como é geralmente acreditado), mas propriedades originais e inatas que são diferentes nos diversos raios. Alguns raios são dispositivos a exibir uma cor vermelha e nenhuma outra; alguns uma amarela e nenhuma outra, alguns uma verde e nenhuma outra e assim por diante. Nem há apenas raios próprios e particulares para as cores mais importantes, mas mesmo para todas as cores intermediárias."
Rocha (2002, p. 221) diz que o espectro não mostra cores nitidamente limitadas. Newton também teve a idéia de estabelecer relações entre elas e os sons da escala musical, dividindo as infinitas cores do espectro em sete grupos de cores: (todos os graus de) vermelho, laranja, verde, azul anil e violeta. Ainda hoje, é comum a divisão do espectro em sete cores é arbitraria. A distinção entre azul e anil é forçada desse número sete. Como não temos um critério preciso para definir determinada cor, é desnecessária a preocupação com o número e a denominação das cores do arco-íris. Depois, através de um dispositivo dividindo em sete cores, cada uma dos quais pintando com uma das cores do espectro, que ao girar rapidamente, as cores se superpõem sobre a retina do olho do observador, dando a sensação do branco, conhecido como o Disco de Newton. No mesmo artigo Newton escreve:
"...a observação experimental do fenômeno inverso ao da dispersão das cores do espectro pelo prisma: Mas a composição surpreendente e maravilhosa foi aquela da brancura. Não há nenhum tipo de raio que sozinho possa exibi-la. Ela é sempre composta... Frequentemente tenho observado que fazendo convergir todas as cores do prisma e sendo desse modo novamente misturadas como estavam na luz inteiramente e perfeitamente branca..."
Notamos que a luz se propaga em forma de variações transversais e atravessam com menor ou maior facilidade, todas as substancias chamadas transparentes. Para Neto (1980), luz é a designação que recebe a radiação eletromagnética que ao penetrar no olho humano, acarreta uma sensação de claridade sendo ela responsável pelo transporte de todas as informações visuais que recebemos. Explica Rocha (2002, p. 221) que para Newton a luz é composta por corpos luminosos, que chega até aos olhos do observador e produz a sensação de luminosidade, como a emissão, por parte de pequenas partículas e diz:
"Disso, portanto vem que a brancura é a cor usual da luz, pois a luz é um agregado confuso de raios dotados de todos os tipos de cores, como elas [as cores] são promiscuamente lançadas dos corpos luminosos."
Com essa teoria chamada Teoria corpuscular da escuridão, ele não inventou o telescópio refletor – que causa aberrações cromáticas, emprega um espelho côncavo, que reflete a luz. Certamente já vimos isso acontecer: por um pedaço de vidro, um aquário ou algo de gênero que produz faixas coloridas, como um CD qualquer, verá os reflexos produzidos que variam uma gama de cores vivas. As gotas de chuva tem o mesmo efeito, na fronteira do ar com a água, a luz é refratada e os diferentes comprimentos de onde que formam a luz do Sol são inclinados em diferentes ângulos, como no prisma de Newton, no interior das gotas passam, as cores desdobram, ate atingirem a parede côncava do outro lado e assim são refletidas de volta e para baixo, saindo da gota de chuva. A cor, portanto, pode ser considerada uma sensação ou efeito fisiológico que produz cada um destes elementos dispersos que constituem a luz branca.

Le Blon

Ainda no século XVIII, um impressor chamado Le Blon testou diversos pigmentos até chegar aos três básicos para impressão: o vermelho, verde e azul.

Goethe


Roda criada por Goethe em 1810
No século XIX o poeta Goethe se apaixonou pela questão da cor e passou trinta anos tentando terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores que poria abaixo a teoria de Newton.
A principal objeção de Goethe a Newton era de que a luz branca não podia ser constituída por cores, cada uma delas mais escura que o branco. Assim ele defendia a idéia das cores serem resultado da interação da luz com a "não luz" ou a escuridão.
Por exemplo, o experimento da luz decomposta em cores ao passar por um prisma foi explicado por ele como um efeito do meio translúcido (o vidro) enfraquecendo a luz branca. O amarelo seria a impressão produzida no olho pela luz branca vinda em nossa direção através de um meio translúcido. O sol e a lua parecem amarelados por sua luz passar pela atmosfera até chegar a nós. Já o azul seria o resultado da fuga da luz de nós até a escuridão. O céu é azul porque a luz refletida na terra volta em direção ao espaço negro através da atmosfera. Da mesma forma o mar, onde a luz penetra alguns metros em direção ao fundo escuro. Ou as montanhas ao longe que parecem azuladas. O verde seria a neutralização do azul e do amarelo. Como no mar raso ou numa piscina, onde a luz refletida no fundo vem em nossa direção (amarelo) ao mesmo tempo que vai do sol em direção ao fundo (azul). A intensificação do azul, ou seja a luz muito enfraquecida ao ir em direção à escuridão torna-se violeta, do mesmo modo que o amarelo intensificado, como o sol nascente, mais fraco, e tendo que passar por um percurso maior de atmosfera até nosso olho fica avermelhado.
A interpretação do arco íris é assim modificada. Os dois extremos tendem ao vermelho, que representa o enfraquecimento máximo da luz.
E ele realmente descobriu aspectos que Newton ignorara sobre a fisiologia e psicologia da cor. Observou a retenção das cores na retina, a tendência do olho humano em ver nas bordas de uma cor complementar, notou que objetos brancos sempre parecem maiores do que negros.
Também reinterpretou as cores, pigmentos de Le Blon, renomeando-os púrpura, amarelo e azul claro, se aproximando com muita precisão das atuais tintas magenta, amarelo e ciano utilizadas em impressão industrial.
Porém as observações de Goethe em nada feriram a teoria de Newton, parte devido ao enorme prestígio do físico inglês, e parte porque suas explicações para os fenômenos eram muitas vezes insatisfatórias e ele não propunha nenhum método científico para provar suas teses. Sua publicação "A teoria das cores" caiu em descrédito na comunidade científica, não despertou interesse entre os artistas e era deveras complexo para leigos.
Suas observações foram resgatadas no início do século XX pelos estudiosos da gestalt e sobre pintores modernos como Paul Klee e Kandinsky.
Atualmente, o estudo da teoria das cores nas universidades se divide em três matérias com as mesmas características que Goethe propunha para cores: a cor física (óptica física), a cor fisiológica (óptica fisiológica) e a cor química (óptica fisico-química).
O conteúdo é basicamente a teoria de Newton acrescida de observações modernas sobre ondas. Os estudos de Goethe ainda podem ser encontrados em livros de psicologia, arte e mesmo livros infanto-juvenis que apresentam ilusões de óptica.