Tipos de gravura
Cromolitografia
A cromolitografia é um método da litografia através da qual os desenhos são impressos em cores, em especial, imitando o endurecimento cores. O termo deriva do grego chroma (cor), lithos (pedra) e gráfico (de graphein, desenho).
A técnica foi desenvolvida prinicpalmente pelo litógrafo alemão-francês Godefroy Engelmann de Mulhouse (1788–1839) que patenteou o procedimento em 1837.
Obras como Kunstformen der Natur (de Ernst Haeckel) e Plantas Medicinais de Köhler (de Franz Eugen Köhler e outros) apresentam ilustrações cromolitográficas.
Existem dois tipos comuns de gravura são em superficie ou em relevo.
Em horizonte: o sulco vai receber a tinta e aparece como positivo no trabalho final.
Em relevo a superfície não horizonte é que recebe a tinta e o sulco aparece em negativo (sem tinta).
A xilogravura é a técnica mais antiga para produzir gravuras, e seus princípios são muito simples. O artista retira de uma superfície plana (matriz, geralmente é madeira) as partes que ele não quer que tenham cor na gravura. Após aplicar tinta na superfície, coloca um papel sobre a mesma. Ao aplicar pressão (com uma prensa) sobre essa folha a imagem é transferida para o papel.
A técnica da gravura em metal começou a ser utilizada na Europa no século XV. As matrizes podem ser feitas a partir de placas de cobre, zinco ou latão. Estas são gravadas com incisão direta ou pelo uso de banhos de ácido. Água-forte, água-tinta, ponta seca são as técnicas mais usuais. A matriz é entintada e utiliza-se uma prensa para transferir a imagem para o papel.
Em 1796 Alois Senefelder descobriu as possibilidades da pedra calcária para fazer impresões e, após dois anos de experimentações desenvolveu a técnica da Litografia. Esta técnica parte do princípio químico que água e gordura se repelem. As imagens são desenhadas com material gorduroso sobre pedra calcária e com a aplicação de ácido sobre a mesma, a imagem é gravada. Assim como a gravura em metal, essa técnica também necessita de uma prensa para transferir para o papel a imagem gravada na pedra.
Embora existam registros de trabalhos utilizando stencil na China, no século VIII, a serigrafia começa a ser aplicada mais freqüentemente por artistas na segunda metade do século XX. Como as técnicas descritas acima, também a serigrafia apresenta diversas técnicas de gravação de imagem. Uma delas é a gravação por processo fotográfico. Imagens são gravadas na tela de poliéster e com a utilização de um rodo com a tinta a imagem é transferida para o papel.
Xilogravura de Katsushika Hokusai
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Litogravura de Vasiliy Fiodorovich Timm |
Litografia
Litografia (do grego λιθογραφία, de λιθος-lithos pedra e γραφειν-graféin grafia, escrita) é um tipo de gravura. Essa técnica de gravura envolve a criação de marcas (ou desenhos) sobre uma matriz (pedra calcária) com um lápis gorduroso. A base dessa técnica é o princípio da repulsão entre água e óleo. Ao contrário das outras técnicas da gravura, a Litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através do acúmulo de gordura sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal. Seu primeiro nome foi poliautografia significando a produção de múltiplas cópias de manuscritos e desenhos originais.
Litografia de Kunstformen der Natur (obra de Ernst Haeckel) |
Técnica
A técnica da litografia pode ser dividida em quatro etapas básicas:
Limpeza
Antes de mais nada é necessário apagar a imagem anterior desenhada na pedra, para que não haja interferências no seu desenho original e para isso, espalham-se grãos (pó de esmeril grão 80, 150 e 220 ou areia fina bem peneirada) sobre a pedra, joga-se um pouco de água para umedecer e coloca-se outra pedra calcária mantida para esse fim ou quebrada para lixá-la. Deve-se lixar a pedra sempre em um movimento de oito (infinito), cuidando para que nenhum pedaço da pedra de baixo fique intacto, para evitar desnivelamentos. Quando o desenho demora a sair, despeja-se uma solução de ácido acético a 10% para quebrar a gordura remanescente, deixando agir por 2 a 5 minutos antes de lavá-la. Não se pode esquecer de limar as arestas irregulares da pedra num ângulo de aproximadamente 45º, para que a pedra não lasque e nem marque o papel. Depois que a pedra está seca, é bom evitar o contato da superfície com as mãos ou qualquer substância rica em gordura, para que não haja manchas indesejadas que prejudiquem na impressão.
[editar]Desenho
A segunda etapa é desenhar sobre a pedra com materiais ricos em gordura já citados anteriormente, mas antes é necessário traçar uma margem de tamanho variado, com goma arábica. Uma vez a goma espalhada na pedra, a área atingida não receberá gordura, salvo se removida com uma lâmina ou com a ponta seca ou re-sensibilizada com solução de ácido acético diluído a 5%. Aqui a criatividade do artista atua, além dos métodos tradicionais de desenho sobre pedra, pode-se usar lâminas e pontas-secas para adicionar textura, marcas com papel carbono, agüada, entre outros.
Entintagem
Depois de o desenho estar pronto, e seco, caso tenha sido utilizada uma tinta aquosa, partimos para a acidulação e entintagem ou viragem, processos que fixam a gordura na superfície da pedra, evitando que esta se espalhe pelas áreas brancas, descaracterizando o desenho. Pulveriza-se o breu sobre a imagem, espalhando-o com um chumaço de estopa, depois a pedra recebe um banho de uma solução de goma arábica, acido tânico, nítrico e fosfórico, que fixa a gordura apenas na superfície. A matriz então fica dividida em duas áreas: a branca que retém água e repele gordura e a desenhada que agrega gordura e repele água. Limpa-se a superfície com removedor (aguarrás ou querosene) para eliminar o pigmento usado no desenho preservando apenas a gordura, em seguida, a superfície da pedra é umedecida com água. Nessa etapa, não podemos deixar a superfície da pedra secar.
A entintagem é feita com um rolo de couro ou de borracha, a tinta litográfica é oleosa e ao passarmos, adere somente nas partes engorduradas, muito embora devamos limpar as margens e a superfície da pedra com uma esponja úmida para evitar qualquer acúmulo de tinta que possa aparecer na hora da impressão.
Impressão
A última etapa é a impressão, as primeiras tentativas são consideradas testes. A espessura da pedra deve ser de pelo menos 5 centímetros, para evitar rachaduras. O papel(ou outro material) é colocado sobre a pedra, de maneira alinhada. Usa-se uma prensa manual própria para a litografia, a pedra é colocada sobre a superfície plana da prensa que desliza sob a pressão de uma trave chamada ratora. Gira-se a manivela com cuidado para que a ratora não ultrapasse o limite da pedra, causando um acidente, devido a forte pressão. O desenho será impresso de maneira espelhada no papel, assim como nas outras modalidades da gravura. A litografia permite tirar muitas cópias da mesma matriz. Depois de tiradas as cópias desejadas, a pedra está pronta para ser limpa e reutilizada.
Uma pedra litográfica na prensa |
Uma prensa usada na litografia |
Cromolitografia
A cromolitografia é um método da litografia através da qual os desenhos são impressos em cores, em especial, imitando o endurecimento cores. O termo deriva do grego chroma (cor), lithos (pedra) e gráfico (de graphein, desenho).
A técnica foi desenvolvida prinicpalmente pelo litógrafo alemão-francês Godefroy Engelmann de Mulhouse (1788–1839) que patenteou o procedimento em 1837.
Obras como Kunstformen der Natur (de Ernst Haeckel) e Plantas Medicinais de Köhler (de Franz Eugen Köhler e outros) apresentam ilustrações cromolitográficas.
Cartão-postal de 1905 |